quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

VIVA A CTB!


Para movimentos, influência da CTB irá além do sindicalismo.

Prestes a ser oficialmente criada, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) vai transformar não apenas o sindicalismo — mas também o conjunto dos movimentos e das lutas sociais. É o que afirmam lideranças presentes ao congresso de fundação da central, no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte.

“A CTB já nasce com muita força”, acredita Lúcia Stumpf, presidente da UNE. “É uma central que tem a preocupação de vincular a juventude às lutas sindicais — de deixar os jovens mais presentes e ativos no mundo do trabalho.” Para Lúcia, a presença de mais sindicalistas na CMS (Coordenação dos Movimentos Sociais), em conjunto com outras entidades, fortalecerá as articulação das mais variadas pautas, além das lutas pela emancipação das mulheres, dos negros e dos jovens.

O MST saudou a fundação da central e vislumbra atuações em comum. “Vamos fazer luta de massa, para garantir as grandes mudanças de que precisamos. É isso que favorece a classe trabalhadora”, diz Vladimir Martini, dirigente nacional do MST. A CTB, por sinal, tem tudo para ser a central mais representativa do campo. Além de grande força na Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), contará com a adesão das federações de trabalhadores rurais de Minas Gerais, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

Também o movimento comunitário nutre expectativas em relação à nova entidade sindical. “Os trabalhadores sofrem com essa concepção neoliberal que trata direitos sociais — moradia, saneamento, saúde, educação — como mercadoria. A CTB, já em sua carta de princípios, anuncia que esses direitos devem ser tratados como elementos de qualidade de vida”, enaltece Wander Geraldo, presidente da Confederação Nacional das Associações Comunitárias.

A fundação da CTB vai “ajudar demais a solidariedade internacional dos trabalhadores e a luta contra o capital”, garante Antônio Neto, presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) e vice da FSM (Federação Sindical Mundial). De acordo com ele, “tudo o que agrega ao movimento sindical ajuda aos trabalhadores e ao povo brasileiro, ainda mais quando uma nova central parte de uma orientação classista”. O Brasil passará a ter seis centrais sindicais, e duas delas — CUT e CGTB — já estão na CMS, na qual a CTB deve ingressar.


Acesse o site da CTB.


Leia as teses do Congresso de Fundação da CTB


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