sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

E AGORA DR. LIPPMANN?

Olha só o que o Marcelo do Blog Rumores Alvissareiros encontrou.

A notícia de que trato aqui foi publicada em 17 de julho de 2004 no Correio Braziliense (na íntegra, só para assinantes). Também pode ser encontrada, na íntegra, no clipping do site da Unafisco Sindical. A notícia trata de investigação da Polícia Federal que, durante a Operação Lince, gravou conversa do delegado da PF, Wilson Alfredo Perpétuo, com o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4), Edgar LIppmann. O nome do referido desembargador, que também foi candidato pelo PDT, à época comandado pelo ex-governador Jaime Lerner, tornou-se conhecido nas últimas semanas devido à sua decisão de censurar o governador do Paraná, Roberto Requião, e a Paraná Educativa.

Wilson Alfredo Perpétuo foi processado por contrabando de uísque e preso na operação Lince por roubo de carga, adulteração de combustíveis e fraudes fiscais. O delegado pediu uma ajudinha, como amigo, ao juiz que posa de paladino da moralidade acusando outros de usarem seus cargos em proveito próprio. Parece que a notas corporativistas e protecionistas da AJUFE e da OAB/PR começam a fazer sentido.

Mais uma vez, onde estão agora os tais defensores da liberdade de expressão?

A CBN (Globo) deu espaço, obviamente, para o desembargador se defender. Na nota publicada, Lippmann critica blogs (os que não são controlados pelo PIG – Partido da Imprensa Golpista) por não te-lo procurado para ouvi-lo. E ele procurou alguém além da Globo?

Reservo-me a reproduzir apenas a transcrição de trecho das conversas gravadas pela PF entre o delegado Wilson Alfredo Perpétuo e o desembargador Edgard Lippmann.

Wilson Alfredo Perpétuo - Eu tô te pedindo como amigo. Se você me ajuda nesse negócio aí. Porque p..., Lippmann, é um troço nojento.

Edgard Lippmann - O que é que vai ser julgado aí?

Perpétuo - É aquele negócio do uísque lá, negócio da troca lá do Carimã.

Lippmann - Eu sei.

Perpétuo - Você entendeu?

Lippmann - Me diga uma coisa... O que eu te falei. Vai haver uma mudança.

Perpétuo - Então, eu queria que esse julgamento fosse jogado para frente. O que você acha?

Lippmann - Isso aí, Perpétuo. Tinha que fazer. O Osmann é que é teu advogado?

Perpétuo - É.

Lippmann - Ele poderia fazer o seguinte... Dá um atestado aí...

Perpétuo - O quê?

Lippmann - Dá um atestado. Dizendo que ele não poder vir à sessão. Ele tem procuração nos autos, não tem?

Perpétuo - Tem.

Lippmann - O que acontece é o seguinte: a partir do segundo semestre... Hoje nós temos três sessões: a primeira que é tributária e crime. E, a partir deste segundo semestre, o tributário vai ficar só no tributário e o crime só crime. E os processos deles, tanto do Amir quando do Germano, quanto os criminais, vão ser redistribuídos.

E agora doutor?

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