quinta-feira, 21 de agosto de 2008

METALÚRGICOS DA CTB DENUNCIAM CONSPIRAÇÃO DE SILÊNCIO PARA OCULTAR FALCATRUAS NO SINDMETAL/PE

Movida por interesses obscuros, a mídia pernambucana promove uma deplorável conspiração de silêncio para ocultar da opinião pública e da classe trabalhadora o desvio de recursos e apropriação indébita de receitas do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (Sindmetal-PE), bem como as fraudes nas eleições da entidade, realizadas no início de julho. A denúncia foi feita nesta sexta-feira, 15-8, por metalúrgicos da CTB no Estado.

O líder da chapa 1 (situacionista), Alberto Alves (Betão), ligado à Articulação Sindical da CUT, foi afastado recentemente da presidência do Sindicato por determinação da juíza da 18ª Vara do Trabalho de Recife, Solange M. Andrade, em decisão liminar proferida no dia 8 de agosto, que também empossou provisoriamente no cargo o metalúrgico Moacir Paulo Silveira, vice-presidente e dirigente da CTB, que encabeçou a Chapa 2, de oposição.

Fraude e desvio

A juíza acatou reclamação feita por dirigentes da Chapa 2 (integrada também por sindicalistas ligados à Intersindical e independentes, além da CTB), que pediram a suspensão da posse da Chapa 1 depois que esta proclamou vitória em um pleito viciado que, segundo a oposição, “não foi justo, não foi limpo nem democrático”.

Além de fraude eleitoral, pesa sobre o atual presidente do Sindmetal-PE sérias acusações de desvio de recursos e apropriação indébita de receitas da entidade. O Ministério Público do Trabalho (MPT) já realizou uma primeira audiência para averiguar denúncia feita por alguns diretores do sindicato que se opõem aos métodos de Betão. O presidente destituído do Sindmetal foi constrangido a prestar depoimentos sobre o assunto ao MPT no dia 29 de julho.

De acordo com a denúncia, a contribuição confederativa dos operários estaria sendo depositada na conta corrente da ONG Instituto de Saúde do Trabalhador Metalúrgico e não na conta do sindicato. Durante a audiência, foi descoberto que além da Acumuladores Moura, outras três empresas estava depositando a contribuição sindical na conta da ONG. São elas: Microlite, com fábrica no Curado; TCA – Tecnologia em Componentes Automotivos, localizada em Prazeres e Simisa Simione, instalada no Cabo.

Um estranho silêncio

Betão assumiu que preside a ONG Instituto de Saúde do Trabalhador Metalúrgico, alegando que “fechou acordos com estas empresas para que a organização não governamental tivesse condições de começar a trabalhar”. Também admitiu que a decisão de firmar acordo os empresários não foi deliberada em assembléia do sindicato, como rege o estatuto, e, sim, definida de forma arbitrária por parte da diretoria do Sindmetal.

Betão também acabou revelando que a ONG presidida por ele, criada em novembro de 2006, tem na sua direção mais três diretores do Sindmetal: Antônio Alves, Helcio e Augusto Cesar, além do senhor Rildo de Souza, aposentado da Microlite, que disputou a eleição pela Chapa 1 (situacionista). O presidente interino do Sindmetal-PE, Moacir Paulino Silveira, deplorou os fatos vergonhosos que macularam a imagem da entidade junto à categoria e disse estranhar o silêncio da mídia pernambucana a respeito do tema.

Leia mais:

Denúncias no SindMetal/PE

1 comentários:

Anônimo disse...

Desafio a qualquer um sindicalista metalurgico de pe. a apresentar a minha assinatura de conivencia de acordo com qualquer patrao de empresa metalurgica do estado de pe. RILDO

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