terça-feira, 23 de dezembro de 2008

DIEESE: DESEMPREGO É O MENOR DOS ÚLTIMOS 10 ANOS

A taxa de desemprego nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal diminuiu de 13,4% em outubro para 13% em novembro. De acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada mensalmente pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócioeconômicos (Dieese) divulgada hoje (22).
Segundo o Diesse, o nível de ocupação variou positivamente 0,4%, com a criação de 72 mil postos de trabalho e a estabilidade do número de pessoas economicamente ativas, resultaram na diminuição do número de desempregados em 71 mil pessoas. O total de ocupados nas seis regiões pesquisadas foi estimado em 17.556 mil pessoas e a População Economicamente Ativa (PEA) em 20.183 mil. A pesquisa indica que o nível de ocupação cresceu em Recife (1,5%) e no Distrito Federal (0,9%), variou 0,4% em São Paulo, 0,3% em Porto Alegre e 0,2% em Salvador. Em Belo Horizonte ficou estável. Os principais setores de atividade onde o nível ocupacional aumentou foram a indústria, com 38 mil novas contratações, construção civil, com 24 mil, serviços com 17 mil. No setor de serviços houve queda de 14 mil postos. O rendimento médio real dos ocupados nas seis regiões em novembro variou 0,6% e passou a valer R$ 1.178,00. O rendimento dos assalariados aumentou 0,9%, ficando o equivalente R$ 1.231,00. A massa de rendimentos dos ocupados cresceu 1,5% e a dos assalariados 2,2%. Com relação a novembro do ano passado o nível de ocupação nas seis regiões aumentou 4,4%. Foram gerados 737 mil postos de trabalho, número maior do que o número de pessoas que entraram no mercado de trabalho (481 mil), o que resultou na redução do contingente de desempregados em 257 mil pessoas. Nos últimos 12 meses a taxa de desemprego nas seis regiões pesquisadas diminuiu de 14,6% para 13%. Segundo o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, a taxa de novembro foi influenciado pela diminuição do ingresso de pessoas no mercado de trabalho e pelo bom desempenho de postos na indústria e na construção civil. “A surpresa é o desempenho ruim do setor do comércio. Era de se esperar que nesse mês de novembro houvesse crescimento da ocupação nesse setor, o que não ocorreu. Talvez isso seja já um reflexo da crise econômica internacional e das expectativas sobre o comportamento da economia para o final do ano”. Ganz Lúcio disse que no primeiro trimestre de 2009 pode haver um aumento no desemprego, como ocorre sempre nesse período, por conta da diminuição da atividade econômica. “É de se esperar que o desemprego cresça, mas quanto vai crescer é que pode ser o diferencial. É normal também que em dezembro e janeiro ocorram férias coletivas principalmente na indústria. Quanto dessas férias se reflete à sazonalidade e quanto já é decorrente da crise também é algo para se analisar”, disse. A melhora nos rendimentos, segundo Lúcio, deve-se ao nível de ocupação, que faz com que haja mais competição entre a mão-de-obra e o crescimento do salário mínimo. “São dois resultados que combinados com a ação sindical na negociação coletiva deve ter resultado na melhoria tanto do rendimento médio quanto da massa”, disse o diretor do Dieese.

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