sábado, 21 de maio de 2011

PCdoB: Trabalhadores são a “força motriz” das mudanças

O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, conclamou os trabalhadores a defenderem as reformas necessárias para que o Brasil se torne um país mais justo, com mais oportunidades. A exposição do dirigente comunista marcou a abertura do 4º Encontro Sindical Nacional, na noite desta sexta-feira (20), em Salvador.

Renato deu ênfase à defesa de um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento e à democratização da sociedade. “Democratizar a sociedade é universalizar a educação e a saúde de qualidade e fazer com que todos tenham moradia”. Ao ressaltar a importância da participação dos trabalhadores neste processo de transformação do país, o presidente do PCdoB defendeu a união em torno de bandeiras unitárias. “Os trabalhadores são a força motriz do aprofundamento das mudanças no país rumo ao socialismo.”

O Teatro Salesiano ficou lotado para abertura do Encontro Sindical do PCdoB. Na mesa, líderes sindicais, parlamentares e dirigentes do partido de diversas partes do país saudaram os participantes do evento e ressaltaram a relevância de se debater a atuação do PCdoB no movimento sindical, que sempre foi um dos principais pilares do partido. O evento reúne lideranças sindicais de todos os estados até o próximo domingo para debater e atualizar a política sindical do partido.


Renato Rabelo fez uma atualização sobre a situação política do país após os dois governos do ex-presidente Lula e reafirmou a importância de dar sustentação para o sucesso do governo da presidente Dilma Rousseff para garantir os avanços conquistados até o momento. O presidente do PCdoB lembrou, no entanto, que é preciso também avançar ainda mais e garantir um crescimento mais acelerado do país.

“É preciso considerar também que para vencer o desafio do desenvolvimento nacional é preciso um desenvolvimento forte e acelerado. Ou seja, nós não podemos resolver os grandes problemas nacionais, sociais, os grandes problemas do nosso país com um desenvolvimento medíocre – com o desenvolvimento contido. Temos que perseguir um crescimento da ordem de pelo menos 5% do Produto Interno Bruto (PIB) anual, para 6%, 7%. Este não é um objetivo qualquer. Esta é uma condição para que a gente possa enfrentar os nossos grandes problemas”, disse.

Rabelo citou como exemplo a China, que se transformou em uma grande potência econômica mundial praticamente em 30 anos, isto crescendo à média de 10% ao ano. “Vejam como crescer acelerado é fundamental para os nossos objetivos de desenvolvimento. E, para isso, é preciso que se façam investimentos muito maiores. As nossos taxas de investimento ainda são muito pequenas, quase medíocres. Nós estamos ainda em faixa de investimentos da ordem de 20%. Nós defendemos que a taxa seja de, pelo menos, 25% a 27%, para que a gente possa sustentar esta ordem de crescimento de 6 a 7% do PIB. São desafios muito importantes e que alimentam toda esta discussão sobre a política econômica atual, a política macroeconômica, a industrialização do país e por ai vai. São discussões importantes que nós temos participado. Temos buscado dar a nossa contribuição”, defendeu.

Segundo Rabelo, o governo tem procurado ver como levar em conta a realidade atual, redirecionado a política macroeconômica. “É uma questão que ainda está em debate, que o governo ainda busca uma saída para atender o duplo objetivo de conseguir o desenvolvimento forte, acelerado e manter a estabilidade dos preços, contendo qualquer tentativa inflacionária. Este duplo objetivo é que é fundamental. Ao manter os preços estáveis e conter a inflação a todo custo simplesmente aumentando juros, você empaca o desenvolvimento. Foi o que aconteceu em nosso país durante décadas.”

“O Brasil passa hoje por transformações importantes. Não são transformações ainda que nós consideramos de fundo, aquelas transformações que os comunistas defendem, mas é um passo importante”, acrescentou Rabelo, ao falar das ações do governo Lula que tiraram milhões de brasileiros da pobreza e propiciou o crescimento da chamada classe média.

Além de Renato Rabelo, participaram da mesa de abertura do Encontro Nacional Sindical o secretário nacional Sindical do PCdoB, João Batista Lemos; o secretário nacional Sindical Adjunto, Nivaldo Santana; as deputadas federais Alice Portugal (PCdoB-BA), Jô Morais (PCdoB-MG) e o deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS); a presidente do PCdoB-RJ, Ana Rocha; o presidente CTB, Wagner Gomes; o secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia, Nilton Vasconcelos; a vereadora Olívia Santana (PCdoB-BA), entre outras lideranças.

De Salvador,
Eliane Costa

Fonte: Vermelho


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