sábado, 4 de junho de 2011

Expresso: Reportagem policialesca erra sobre greve

Durante a greve dos ferroviários de São Paulo continuamos vendo a cobertura tendenciosa da grande imprensa brasileira. Isso não é surpresa. Mas a Record escalou Percival de Souza, que ganhou projeção durante as coberturas sobre o casal Nardoni. Tido como "comentarista especializado em segurança", Percival, dessa vez, foi comentar o movimento paredista. Obviamente, com toda a ênfase na população que foi prejudicada pela ausência de um serviço essencial. O comentarista de segurança escalado para cobrir movimento de trabalhadores, alegou que os tais serviços essenciais e os percentuais mínimos de funcionamento são descritos na constituição, numa tentativa de criminalizar os ferroviários.


Percival de Souza pode entender de coberturas policialescas, mas se enganou muito ao tratar de movimento trabalhista. Os tais serviços essenciais não estão na Carta Cidadã, são descritos na Lei 7783/1989 (Lei de Greve) e nela não são estabelecidos percentuais mínimos de funcionamento, ficando isso a critério de juízes que, invariavelmente, obrigam quantidades elevadíssimas de trabalhadores em serviço, inviabilizando o exercício do direito consagrado na Constituição. Ao mesmo tempo, o judiciário não obriga governos e empresas a tratar como essenciais os trabalhadores dos serviços ditos essenciais.

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