quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CTB defende unicidade para fortalecer sindicatos


A CTB participou nesta terça-feira (29) de uma audiência pública da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara Federal para discutir a possível extinção do chamado imposto sindical. 

Estiveram presentes no debate, as centrais sindicais, confederações e representantes do patronato, além de parlamentares, como o dirigente da CTB e deputado Assis Melo, que defendeu de forma contundente a unicidade sindical como forma de fortalecer os sindicatos.

Representantes das confederações e das centrais, com exceção da CUT, foram unanimes ao defender a manutenção do imposto e da unicidade sindical, como forma de fortalecer sindicatos e garantir avanços para a classe trabalhadora. 

Joilson Cardoso, da CTB, defende a unicidade
para fortalecer os sindicatos

Já a alegação dos opositores à contribuição é que o método só têm servido para dividir os trabalhadores, criar novos sindicatos e fraudar a atividade sindical.

Alegação contestada por Joílson Cardoso, secretário de Relações Institucionais da CTB, que lembrou que a extinção da contribuição pode pulverizar sindicatos e fragilizar o movimento sindical. “Quem tem que decidir se um sindicato é forte ou não é a categoria. E não uma instância superior. Quem mensura se um sindicato é forte? Apenas o trabalhador pode fazer isso”, declarou o dirigente.

Na opinião do dirigente cetebista estão usando um pretexto para justificar algo injustificável. “A unicidade fortalece a classe trabalhadora. Acredito que deva existir, sim, a organização de base, como proposto, mas para colocar o dirigente em contato direto com a classe trabalhadora. A CTB acredita que no contexto da organização sindical temos que discutir o todo e não apenas banir. Temos que discutir a questão dos salários que tiveram quedas drásticas. Se anteriormente se chegava a 50% do PIB (Produto Interno Bruto), hoje não passamos dos 37%”, ressalta Cardoso.

O líder sindical cita também como exemplo, que deve causar a preocupação dos dirigentes, a questão da redução da jornada,  que se aprovada causará um impacto de apenas 1,9 % na folha do empregador, frente aos quase 100% de lucros das empresas.

Outros pontos importantes a serem discutidos, ainda segundo Joílson, são os problemas da precarização das condições de trabalho, atrelada à terceirização, e da qualificação e requalificação profissional. Fator que causa impacto na empregabilidade. “Diante do quadro de desenvolvimento, os trabalhadores precisam de requalificação para obter empregos novos. Essas são questões que queremos tratar como um todo e não apenas um ponto que fragiliza o movimento sindical brasileiro. Daí a posição firme e enérgica da CTB na defesa da contribuição e da unicidade sindical”, finalizou Joílson Cardoso.

Fonte: CTB

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