sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Bancários classistas debatem campanha salarial em Encontro Nacional

Calos Lima (Caco)

Para debater as estratégias e desafios da Campanha Salarial dos Bancários 2012, aconteceu em Salvador, nos dias 25 e 26 de agosto (sábado e domingo), no Hotel Portobello, o 2º Encontro Nacional do Ramo Financeiro da CTB. Participaram do encontro bancários classistas de vários estados do país. 

No sábado, Carlos Lima (Caco) iniciou os debates com uma avaliação da conjuntura econômica do país, lamentando que o Governo Dilma continue a política de superávit primário, cortes no orçamento e despesas com juros. Para Carlos, os efeitos dessa política tornam inócuas as políticas de distribuição de renda do governo, leva a estagnação econômica e ao baixo crescimento. "Espera-se do Governo Dilma uma atitude mais ousada, como no episódio da redução de juros nos bancos públicos", afirmou. 

Carlos lembrou que a CTB defende um projeto nacional de desenvolvimento, que inclui, entre outras questões, a valorização do trabalho para a construção de um modelo de socialismo próprio no Brasil, a redução da taxa básica de juros e spread bancário, o fim do superávit primário e da demissão imotivada, a valorização permanente do salário mínimo, a redução da jornada de trabalho e a reforma agrária.

Campanha Salarial - Sobre a Campanha Salarial 2012, Emanuel Souza, presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, avaliou que, até o momento, se assemelha aos outros anos. A novidade foi o Seminário do Comando Nacional dos Bancários que apresentou dados de interesse da categoria, que devem ser divulgados pelos sindicatos: emprego bancário, emprego banco por banco, lucros dos bancos e aumento da provisão para devedores duvidosos. Para Emanuel, a categoria deve ter um discurso unificado na defesa de suas reivindicações. 

Em relação às negociações, Emanuel afirmou que há algum avanço na questão de saúde, com a sinalização dos bancos em pagarem aos trabalhadores com LER, e na questão de segurança, com o compromisso de fazerem um projeto-piloto de colocação de câmeras nas agências. Em sua avaliação, há na categoria uma disposição para fazer a greve, caso as reivindicações não sejam atendidas, e critica o foco na mesa de negociação na PLR. Emanuel defende que a CTB deve aparecer na campanha salarial com fisionomia própria, marcando posição na defesa de suas propostas. 
Coordenação Nacional dos Bancários Classistas
(da esquerda: Carlos Lima, Sybelle Chagas, Emanoel Souza,
Eduardo Navarro, Augusto Vasconcelos, Alex Livramento,
Jefferson Tramontini, Clecio Morse e José Souza)

No domingo, pela manhã, os bancários presentes ao encontro discutiram os desafios para a representação classista na categoria bancária. Ao final, foi escolhida a composição da nova coordenação nacional do Ramo Financeiro da CTB.


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