sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Abertura do Congresso da CTB reúne líderanças e movimentos sociais



Cerca de 1,5 mil delegados e delegadas prestigiaram a abertura oficial do 3º Congresso Nacional da CTB, na noite desta quinta-feira (22). Líderes sindicais do campo, do serviço público, educação, saúde, transporte, saneamento, energia, marceneiros,  cetistas, bancários, entre outros, lotaram o plenário do Palácio de Convenções do Anhembi , em São Paulo para o Ato Político que abriu o evento.

Representantes dos momentos sociais e parlamentares também estiveram presentes, no palco e na plateia, para levar seu apoio e reforçar a parceria criada desde a fundação da Central, em dezembro de 2007.


Parceria de sucesso

Parceria ressaltada pelo Superintendente Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, Antônio Medeiros. “A CTB é uma central que sabe que precisa fortalecer o Ministério do Trabalho, que é um aliado de primeira hora do trabalhador e do movimento sindical. A CTB é nossa parceira”, afirmou Medeiros.

Lembrada também pelo presidente da Federação Nacional dos Farmacêuticos (Fenafar), Ronald dos Santos. “Foi fundamental a participação da CTB, que colocou para o conjunto das centrais a proposição do movimento nacional da saúde pública”.

Para Delaíde Arantes, ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o Congresso acontece num momento ímpar. “É muito importante esse momento em que se realiza o Congresso da CTB e principalmente neste ano, que a CLT completa 70 anos e, principalmente, o ano que foi promulgada a Emenda Constitucional (PEC) em benefício dos trabalhadores domésticos. Nós temos muito que comemorar neste ano e eu tinha especial interesse em participar desse momento da CTB”, disse a ministra, uma árdua defensora dos direitos dos trabalhadores domésticos. 

Unidade e avanço

A unidade, uma marca que acompanha a CTB desde sua fundação, foi destacada pelo deputado federal José Stédile (PSB/RS). “A unidade da classe trabalhadora é fundamental e tem sido uma ferramenta importante das transformações que o Brasil precisa. Apesar de não termos avanços em questões prioritárias como o fim do fator previdenciário, redução da jornada, regulamentação dos professores, entre outras, temos muitas lutas que só serão vencidas, não só com a participação da CTB, mas com o conjunto da classe trabalhadora como um todo", avaliou.

Na opinião de Madalena Guasco, coordenadora da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), a CTB se consolida como uma central de crescimento e representativa. “Com  1,5 mil delegados e a participação de forças politicas e sindicais do Brasil, é um Congresso coroado que só pode ser coroado com êxito”, afirmou.

“É um momento de fazer uma reflexão dos desafios que estão postos. Uma central como a CTB, diante da importância que conquistou, tem que apontar rumo do ponto de vista geral dos trabalhadores, como de questões específicas. Esperamos que nesse congresso a CTB tenha a condição de apontar esse novo rumo”, destacou o deputado federal Assis Melo.

Eleições

Já o secretário de Igualdade Racial de SP, Netinho de Paula, fez questão de participar do evento, pois para ele “é muito enriquecedor entender a visão do trabalhador com relação à situação socioeconômica do país”. No que diz respeito às próximas eleições no Brasil em 2014, o vereador acredita que o encontro também servirá para aportar com o debate, já que a Central cumpre um papel fundamental na luta de classes no país.

Neste sentido, o presidente da Fundação Maurício Grabois, Adalberto Monteiro, destacou que o país vive um momento ímpar onde as pessoas saíram às ruas para pedir mudanças e neste contexto em que ocorre o Congresso é muito representativo. "A crise capitalista pressiona fortemente a economia nacional e os direitos dos trabalhadores este evento contribui para unificar a classe trabalhadora em torno de bandeiras essenciais”.

O presidente do PCdoB de São Paulo, Jamil Murad, concorda que uma reforma política é necessária e a interação de forças são indispensáveis para vencer as dificuldades e fazer deslanchar o projeto de desenvolvimento nacional construindo a transição para o socialismo. “O Congresso representa essa união e luta por um país mais justo democrático e soberano”.

Mulheres e soberania dos povos

Sobre o protagonismo das mulheres na CTB, Liège Rocha, da executiva nacional da União Brasileira de Mulheres (UBM) e da Federação Democrática Internacional de Mulheres (Fdim), disse que “esse 3º Congresso, com o lema que traz de avançar nas mudanças com valorização do trabalho com certeza dará uma virada na mobilização de homens de mulheres, trabalhadores e trabalhadoras e que levará adiante as mudanças e transformações que queremos e com certeza as mulheres da CTB jogarão um papel fundamental neste processo.”

Na opinião da presidenta do Conselho Mundial da Paz (CMP) e do Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz), Socorro Gomes, a Central faz um papel essencial na pauta dos trabalhadores “A CTB está em todos os momentos importantes e defendendo as conquistas dos trabalhadores e estando nas ruas, nas manifestações buscando o avanço do Brasil o avanço do ponto de vista do desenvolvimento com justiça e valorização do trabalho e soberania”, afirmou.

Para Francisca Pereira, vice-presidenta da Apeosesp (Sindicato dos Professores de SP), esse é o momento de apontar a direção para que as lideranças levem para a pauta dos trabalhadores como a defesa por saúde, educação de qualidade, combate ao racismo, à desigualdade, entre outras”, afirmou a sindicalista. 

Combate à discriminação

Combate ao racismo defendido também pelos representantes da Unegro, Edson França e Julião Vieira, presidentes nacional e estadual, respectivamente. 

“Na relação capital x trabalho o racismo contribui para a retirada de direito e enfraquece a luta dos trabalhadores. Portanto, é prioritário combater essa situação. E a CTB, parceria de luta, sempre esteve presente nesta discussão. Dessa forma, esperamos que saia daqui a orientação que se coloque em todos os acordos coletivos a questão do combate ao racismo e à desigualdade”, salientou Edson França, que compartilha da mesma opinião de Julião. “Avançamos em algumas políticas públicas, mas no campo do mercado de trabalho, o racismo é muito presente. Por isso, participar de um congresso como esse é importante. Porque alerta as lideranças sindicais para as centrais intensificarem a luta de combate ao racismo, em particular, no mercado de trabalho”, declarou o presidente estadual da Unegro.

Emprego no campo

“Nesse Congresso a esperança, mais uma vez, se renova no coração e na mente de cada trabalhador rural brasileiro”, declarou o presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais (Fetaep) do Paraná, Ademir Muller. 

O presidente da Fetag espera que a CTB aponte os rumos para serem defendidos junto ao governo e sociedade brasileira por um reforma ampla e massiva e que leve em conta a geração de renda e emprego do campo. O líder rural defendeu a unicidade e respeito com entidades tradicionais e lembrou que a Central tem uma faixa verde para representar os trabalhadores rurais.

Fonte: CTB

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